Uma estudante universitária de 33 anos foi estuprada nesta quinta-feira, 25, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. A Polícia Civil do Ceará está investigando o caso, que corre em segredo de Justiça. O crime, que teria sido motivado por intolerância política, ocorreu no entorno da Universidade de Fortaleza (Unifor), instituição privada da capital cearense na qual a vítima está matriculada.

Nesta sexta-feira, 26, estudantes da Unifor fazem ato em “repúdio ao fascismo e ao abuso sexual”.

Em nota, a polícia informou que a Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza é a instituição responsável pela investigação. “A mulher foi encaminhada para realização de exame de corpo de delito, na sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e, em seguida, conduzida para uma unidade de saúde para ser medicada”, destaca a Polícia, em comunicado.

Organização formada pela Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPE-CE), Defensoria Pública da União do Ceará (DPU-CE), Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) e pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDH), o Observatório da Intolerância Política e Ideológica no Ceará também se manifestou. “Todos os procedimentos cabíveis (nas esferas legal e criminal) e medidas administrativas estão sendo adotados para identificação do autor, responsabilização e resguardo da integridade da estudante.”

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB-CE também se posicionou. “É lamentável e repugnante o nível que se chega nessas eleições. É preocupante o empoderamento de grupos que repercutem o discurso de ódio. CDH presta total solidariedade à vítima e sua família e cobrará a apuração célere do caso.”

Além disso, um suposto caso de racismo dentro da instituição também está sob investigação.

A Universidade de Fortaleza, em nota de esclarecimento, repudiou a violência e a intolerância. A instituição informa que “está apurando todos os fatos e tomará todas as medidas cabíveis quanto às situações desta natureza”.

No dia 11, um crime de racismo já havia sido denunciado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição. Conforme integrante do diretório, a vítima ouviu insultos como “Esse lugar não é para gente como você” de homens na entrada do campus. O caso foi levado à polícia.