O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-país, tem novo dia de alta nesta sexta-feira, 6, subindo para 147,41 pontos, ante 134,15 pontos de quinta-feira. O aumento da percepção externa sobre o risco de ativos brasileiros acontece por conta dos temores no mercado financeiro mundial com o coronavírus e também de maior incerteza interna.

Operadores e analistas financeiros no Brasil discutem a ineficácia das medidas recentes do Banco Central (BC) no mercado cambial, o que já afeta o mercado de juros futuros

No período da manhã, o dólar marcou novo pico histórico ante o real e marcou mais de R$ 4,67 no mercado à vista, mesmo com o anúncio da oferta de 40 mil contratos de swap cambial pelo BC.

Como previa o analista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, a medida da autoridade monetária “não deverá impedir nova alta do dólar”, dado o ambiente externo.

Os juros futuros também estão sensíveis a questões domésticas, como a comunicação do BC, e também à cena internacional. Assim, acompanham o fortalecimento da moeda americana e subiram mais de 30 pontos em alguns vencimentos.

Como resumiram os analistas da LCA Consultores, a “depreciação recente do real reduz as apostas em cortes agressivos da taxa Selic”.