A geração de energia elétrica em junho até o dia 20 teve crescimento de 0,2% ante igual período de 2016, enquanto o consumo ficou estável em igual intervalo. Segundo dados preliminares de medição coletados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) somou 57.944 MW médios entre os dias 1º e 20 deste mês, montante muito próximo aos 57.934 MW médios registrados no ano passado.

Houve queda de 4,8% no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, montante influenciado pela migração de consumidores para o mercado livre. Desconsiderando esse efeito, o consumo no período teria aumentado 1,8%. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo com as novas cargas vindas do mercado cativo cresceu 16,7%, número que apresentaria retração de 1,9% sem o movimento de migração.

Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio (104,3%); serviços (85,3%); e telecomunicações (79,2%), variações analisadas sob o efeito da migração para o mercado livre.

A geração de energia no Sistema Integrado Nacional (SIN) ao longo de junho apresentou aumento de 0,2%, a 60.792 MW médios, de 60.643 MW médios no mesmo período do ano passado. A produção das térmicas teve queda de 5,8%, devido, principalmente, à diminuição das usinas a reação exotérmica (-78,2%) e a carvão mineral (-36%). As usinas eólicas (35,2%) produziram montante superior e as usinas hidráulicas (incluindo as PCHs) tiveram queda de 0,7% em relação ao entregue em 2016.

O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em junho, o equivalente a 80,48% de suas garantias físicas, ou 43.391 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o porcentual foi quase o mesmo (79,48%).