Por Kavya B e Aparupa Mazumder

(Reuters) – Os casos globais de Covid-19 ultrapassaram 500 milhões nesta quinta-feira, de acordo com uma contagem da Reuters, à medida que a subvariante BA.2 altamente contagiosa da Ômicron cresce em muitos países da Europa e da Ásia.

O aumento da BA.2 foi apontado como causa de surtos recentes na China, bem como por infecções recordes na Europa. Ela foi chamada de “variante furtiva” porque é um pouco mais difícil de rastrear do que outras.

A Coreia do Sul lidera o mundo no número médio diário de novos casos, registrando mais de 182.000 novas infecções por dia e respondendo por uma em cada quatro infecções globalmente, de acordo com uma análise da Reuters.

Novos casos estão aumentando em 20 dos mais de 240 países e territórios rastreados, incluindo Taiwan, Tailândia e Butão.

Xangai está lutando contra o pior surto de Covid-19 da China desde que o vírus surgiu em Wuhan no final de 2019, com quase 25.000 novos casos locais relatados, embora a política de quarentena da cidade seja criticada por separar crianças dos pais e colocar casos assintomáticos entre aqueles com sintomas.

“A prevenção e o controle da epidemia em Xangai estão no estágio mais difícil e crítico”, disse Wu Qianyu, autoridade da comissão municipal de saúde, em um briefing.

EUROPA E EUA

Alguns países europeus agora estão vendo um aumento mais lento em novos casos, ou mesmo um declínio, mas a região ainda está registrando mais de 1 milhão de casos a cada dois dias, de acordo com a contagem da Reuters.

Na Alemanha, a média de sete dias de novas infecções caiu e agora está em 59% do pico anterior no final de março. Novos casos também estão caindo no Reino Unido e na Itália, enquanto se mantêm estáveis ​​na França.

No geral, os casos de Covid-19 nos Estados Unidos caíram acentuadamente após atingir níveis recordes em janeiro, mas o ressurgimento de casos em partes da Ásia e da Europa levantou preocupações de que outra onda possa ocorrer nos EUA.

A agência nacional de saúde pública dos EUA disse na segunda-feira que estima-se que a subvariante BA.2 da Ômicron seja responsável por quase três em cada quatro variantes de coronavírus no país.

A variante BA.2 agora representa cerca de 86% de todos os casos sequenciados globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Sabe-se que é mais transmissível que as subvariantes BA.1 e BA.1.1 da Ômicron. As evidências até agora, no entanto, sugerem que a BA.2 não tem maior probabilidade de causar doença grave.

Os cientistas continuam enfatizando que as vacinas são cruciais para evitar a devastação que o vírus pode causar.

Aproximadamente 64,8% da população mundial recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra Covid, embora apenas 14,8% das pessoas em países de baixa renda tenham recebido pelo menos uma dose, de acordo com dados do Our World in Data.

Embora os casos tenham aumentado recentemente na Europa e na Ásia, os Estados Unidos ainda têm o maior total de infecções por Covid desde o início da pandemia, com 80,41 milhões, seguidos pela Índia com 43,04 milhões e pelo Brasil com 30,14 milhões.

Cerca de 6,5 milhões de pessoas perderam a vida para a Covid desde o início da pandemia. Os EUA registram o maior número de mortes, seguidos por Rússia, Brasil e Índia.

A Rússia ultrapassou o Brasil e passa a ter o segundo maior número de mortos no mundo por Covid-19, mostraram dados do serviço de estatística estatal da Rússia e cálculos da Reuters nesta quinta-feira.

(Reportagem de Kavya B, Aparupa Mazumder e Rittik Biswas em Bangaluru)

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