Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Copa América já registrou 140 casos confirmados de Covid-19, a maioria em membros de delegações, empregados terceirizados e operários envolvidos com a organização da competição realizada no Brasil, informou nesta segunda-feira a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

A Conmebol não informou quantos jogadores tiveram testes positivos para Covid entre os 140 casos confirmados. Na semana passada, o Ministério da Saúde disse que 37 jogadores e membros das delegações tinham sido contaminados pela doença, de um total de 82 casos confirmados até 18 de junho.

Segundo o Conmebol, já foram realizados 15.235 testes de Covid e os 140 resultados positivos representam cerca de 0,9%.

“A maioria dos afetados são trabalhadores, membros de delegações e pessoal terceirizado. Em comparação com o relatório anterior, a incidência do coronavírus diminuiu, o que é um sinal claro de que as medidas preventivas e os protocolos de saúde estão funcionando conforme o esperado”, disse a Conmebol.

Os testes de Covid são feitos regularmente na Copa América e incluem atletas, membros de delegação, árbitros, técnicos, assistentes e outros, segundo a confederação. Além dos protocolos, a Conmebol promoveu uma campanha de vacinação contra a Covid.

Desde o início da Copa América foram diagnosticados com Covid-19 atletas das seleções da Venezuela, Colômbia e Bolívia. O Chile informou que um integrante da delegação testou positivo, mas não especificou se era um jogador. A seleção brasileira não registrou casos positivos de Covid durante a competição até o momento.

O Brasil decidiu permitir a realização da competição depois de Colômbia e Argentina desistirem de sediá-la. O primeiro, pela onda de protestos violentos contra reformas propostas pelo governo. O segundo, pela alta nos casos de Covid-19 no país.

Apesar de o Brasil registrar mais de duas mil mortes por dia em média na última semana por Covid, o presidente Jair Bolsonaro aceitou e defendeu a realização do torneio no país.

tagreuters.com2021binary_LYNXNPEH5K18K-BASEIMAGE