Preso desde o dia 20 de janeiro ao ser acusado de agressão sexual de uma jovem de 23 em uma boate de Barcelona, Daniel Alves enfrenta também prejuízo financeiro com a suspensão de contratos de patrocínio e o vínculo com o time mexicano Pumas.

O clube do México ainda entrou com um pedido de indenização contra o atleta pela quebra de contrato no valor de US$ 5 milhões (R$ 25,7 milhões).

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Dívidas se tornam estratégia da defesa

O revés financeiro sofrido por Alves devido a sua prisão passou a fazer parte da estratégia de seus advogados. A defesa do ex-jogador de futebol entrou com pedido para suspender a prisão, alegando que o atleta está com a renda comprometida, e que esse motivo dificulta uma eventual fuga ou saída do país. Pelo menos 3 contratos foram encerrados desde que o atleta foi detido pela justiça espanhola.

A estratégia de seus advogados foi enviar o pedido direto a instâncias superiores no Tribunal de Barcelona. Assim, o pedido passaria sem a aprovação do juiz que decretou a prisão.

Segundo os autos, o jogador, por seu poder financeiro, poderia deixar a Espanha e viver em qualquer país do mundo, conforme adiantou o El Periódico, jornal da Catalunha. No mesmo dia da prisão, Alves deixou de receber o salário que ganhava do Pumas: 300 mil euros – cerca de R$1,65 milhão – por mês. O juiz do caso ressaltou o risco de fuga ao decretar a prisão preventiva.

Outra manobra da defesa foi tentar desqualificar a investigação. Cristóbal Martell chamou a investigação da Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS) de Mossos d’Esquadra, encarregada das investigações policiais, de “tendenciosa” e criticou a juíza Marín por aceitá-la “sem crítica”.

A prisão preventiva do jogador Daniel Alves, suspeito de estupro, tem origem em uma legislação protetiva: o chamado protocolo de Callem surgiu em Barcelona, na Espanha, com objetivo de combater o assédio contra mulheres em locais públicos, como bares e outros pontos de lazer. Outras informações de testemunhas também foram determinantes para as investigações.