O ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva vai se casar nesta quarta-feira (18) com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja. 

Lula é o atual líder em todas as pesquisas para a sucessão presidencial, e por mais que, aparentemente, o casal tenha feito um esforço para manter detalhes em segredo, evitando divulgar até o lugar do enlace, não é possível retirar da cerimônia o seu peso político. 

Uma demonstração disso é a lista de convidados confirmados, como o ex-adversário e agora colega de chapa Geraldo Alckmin  e a ausência de nomes do Partido dos Trabalhadores, como Eduardo Suplicy e José Dirceu, polêmicos para parte do eleitorado. 

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“Essa relação acaba promovendo alguns atributos emocionais ao Lula e isso é um fato”, afirma o estrategista político Paulo Loiola. “A população de maneira geral aprova a valoriza políticos que estão em um relacionamento, que demonstram estar felizes e uma festa de casamento é o ápice disso”, explica.  

Recomeço

Lula e Janja se relacionam desde 2018 e ficaram bastante próximos durante a vigília na frente da sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente ficou preso entre abril de 2018 e novembro de 2019. 

Desde que suas condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ele teve seus direitos políticos de volta, Lula tem falado muito sobre não guardar mágoas e da importância do amor e, para Loiola, o casamento pode soar como um recomeço aos 75 anos para o ex-presidente. 

“Passa uma mensagem de uma certa jovialidade, alguém que está começando uma relação, dando prosseguimento a sua vida. Um recado de novo ciclo e de muita coisa que o ex-presidente está querendo superar. É um recado muito positivo, que diz mais sobre Lula do que contra Bolsonaro”, encerrou.