Por Trevor Hunnicutt e Nandita Bose

WASHINGTON (Reuters) – Assessores de segurança nacional dos Estados Unidos vão reunir autoridades de 30 países este mês para discutir planos para combater a crescente ameaça de ransomware e outros crimes cibernéticos, disse o presidente Joe Biden nesta sexta-feira.

Uma discussão online liderada pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca também terá como objetivo “melhorar a colaboração de segurança” em questões como “o uso ilícito de criptomoeda”, disse Biden em um comunicado.

O governo Biden elevou a resposta sobre segurança cibernética aos níveis mais altos do governo, após uma série de ataques neste ano que ameaçaram desestabilizar o abastecimento de energia e alimentos dos EUA.

Os crimes invisíveis na Amazônia

A empresa brasileira de carnes JBS pagou 11 milhões de dólares para encerrar um ataque a seus sistemas que interrompeu a produção e que se acredita ter se originado de um grupo criminoso com ligações com a Rússia.

A Colonial Pipeline pagou a uma gangue de hackers que se acredita estar sediada na Europa Oriental cerca de 5 milhões de dólares para recuperar o acesso a seus sistemas. Parte do dinheiro mais tarde foi recuperada pelas forças de segurança dos EUA.

Ambas as empresas pagaram os resgates em bitcoin.

O governo Biden espera que o novo grupo informal, chamando de Iniciativa Contra Ransomware, reforce a pressão diplomática que incluiu negociações diretas com a Rússia, além da Otan e do G7.

O governo dos EUA tem se concentrado cada vez mais em bloquear o que chama de “atividade cibernética maliciosa” da China — acusação que o governo chinês nega.

Não ficou claro quais países vão participar do encontro ou quando exatamente a reunião será realizada.

(Reportagem de Trevor Hunnicutt, Nandita Bose e Doina Chiacu)

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