Em um contexto no qual a campanha presidencial dos EUA começa a esquentar, a Casa Branca continua a olhar para trás, comparando a história econômica do presidente Donald Trump com a de seu antecessor, Barack Obama.

O governo Trump publicou o Relatório Econômico do Presidente nesta quinta-feira. O documento afirma ter havido uma grande melhoria em todos os seus indicadores em relação ao governo anterior.

As políticas de Trump produziram um crescimento econômico que “não é uma continuação da expansão após uma grande recessão”, segundo Tomas Philipson, diretor interino do Conselho de Assessores Econômicos.

Apesar de inúmeras projeções em 2016 de que a economia dos EUA desaceleraria neste momento, “a economia de Trump quebrou essas projeções em quase todas as dimensões”, disse Philipson à imprensa.

Diferentemente de Trump, Obama assumiu a presidência com a economia americana em queda, após um recuo do crescimento de quatro trimestres consecutivos.

Durante o governo Trump, os EUA bateram um recorde de 11 anos de crescimento, e Philipson garantiu que o plano do presidente – que inclui corte de impostos e desregulamentação – é o responsável por isso.

A economia de 21 trilhões de dólares cresceu 2,3% no ano passado em comparação com os 2,9% de 2018, em meio a diversos conflitos comerciais, especialmente com a China, que, segundo os economistas, restringem os investimentos.

Ainda assim, o relatório da Casa Branca projeta que a economia crescerá 3%, ou perto disso, até 2030, embora Philipson tenha reconhecido que o prognostico leva em conta a implementação de todas as políticas do presidente – algo muito pouco provável, pois o mandatário só pode aspirar a um segundo mandato.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos está em 3,6%, um mínimo em quase 50 anos. Segundo Philipson, durante este governo foram criados quase 7 milhões de postos de trabalho.

Contudo, a média de criação de emprego mensal diminuiu e está muito mais lenta que nos últimos três anos do governo de Obama, com média de 175 mensal em 2019, contra 195 mil em 2016, um ano antes de Trump assumir o cargo.