Por Enrico Dela Cruz

(Reuters) – Os contratos futuros do carvão metalúrgico e do coque em Dalian oscilaram fortemente nesta terça-feira, refletindo a inquietação do mercado com a intervenção regulatória na China para domar a alta dos preços do carvão em particular.

O carvão metalúrgico mais negociado para janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian, na China, subiu até 3,9%, antes de cair 3,4% nas primeiras duas horas de negociação, e fechou estável em 2.950,50 iuanes (462 dólares) a tonelada.

O coque –forma processada de carvão metalúrgico e agente redutor para o minério de ferro– subiu 3%, para 3.790 iuanes por tonelada, após uma queda de 2,4% no início da sessão.

“O preço coletivo dos futuros relacionados ao carvão mudou de forte para fraco”, escreveram analistas da Sinosteel Futures em uma nota, atribuindo a volatilidade do mercado à decisão de Pequim de garantir o fornecimento e estabilizar os preços.

“Eles vão implementar medidas de intervenção nos preços do carvão de acordo com a lei, causando pânico no mercado”, disseram.

Na terça-feira, o principal planejador econômico da China — a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC)– informou que estava estudando um mecanismo para estabilizar os preços do carvão no longo prazo, em seu mais recente movimento para esfriar o mercado em alta.

A oferta apertada na China, maior produtora de aço do mundo, impulsionou os preços do carvão metalúrgico e do coque para máximas neste mês.

O minério de ferro em Dalian saltou 3%, fechando em alta pelo segundo dia, enquanto o contrato de referência na Bolsa de Cingapura subia 3% no início da manhã (horário de Brasília).

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,6%, enquanto a bobina laminada a quente caiu 1,1%, sob pressão depois que a China disse que iria implantar um imposto imobiliário piloto em algumas regiões.

O aço inoxidável avançou 2,2%.

(Reportagem de Enrico Dela Cruz em Manila)

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