O sistema de piloto automático da Tesla voltou a ser alvo de polêmicas após um novo acidente fatal envolvendo um Model 3. Um homem de 50 anos morreu no dia 1º de março ao colidir com um caminhão em uma rodovia na Flórida, segundos depois de acionar a ferramenta de direção autônoma e tirar as mãos do volante, segundo informações da Junta Nacional de Segurança do Transporte (NTSB, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (16).  O motorista do caminhão não se feriu.

O órgão ainda está investigando as causas da colisão. Segundo informações de câmeras e dados do próprio veículo, o motorista ligou o sistema de piloto automático e retirou as mãos da direção aproximadamente 8 segundos antes da colisão.

Apesar de não apontar a responsabilidade da Tesla no acidente, o relatório reascende a polêmica de efetividade e segurança das ferramentas de direção dos carros da companhia. De acordo com a CNN, o principal argumento dos críticos é sobre o marketing da montadora não deixar claro que o sistema não isenta o motorista de prestar atenção no trânsito.

Em resposta, a Tesla afirmou que a ferramenta já registrou mais de 1,6 bilhão de quilômetros rodados “quando usado ​​adequadamente por um motorista atento e que está preparado para assumir o controle em todos os momentos.” Porém, um relatório de segurança da própria companhia afirma que no primeiro trimestre deste ano houve um acidente para cada 4,6 milhões de quilômetros rodados com sistema autônomo acionado, contra 2,8 milhões com os modelos que estavam desativados.

A ferramenta esteve envolvida em um outro acidente fatal, também na Flórida, em 2016, quando um motorista colidiu contra um trator. No início deste mês, a família de um engenheiro da Apple que morreu em uma colisão envolvendo um modelo da companhia afirmou que entrará com processo por falhas no sistema autônomo.