O momento brasileiro é positivo para o investidor em private equity apostar no País. O valuation dos ativos estão atraentes, há opções bastante diversas e o País está numa fase do ciclo econômico muito positiva. O diagnóstico é de Fernando Borges, managing partner e co-diretor das operações de private equity do Carlyle Group no Brasil e na América do Sul. Ele participa nesta quinta-feira do 10º Congresso de Fundos de Investimento da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiros e de Capitais (Anbima).

Borges afirma que os estrangeiros consideram a agenda econômica do novo governo brasileiro muito positiva. A percepção, entretanto, é negativa sobre a capacidade do governo Bolsonaro de colocar em prática essa agenda liberal. “No exterior, a percepção é muito negativa. Não vemos a agenda econômica do governo brasileiro sendo debatida lá fora. Outros temas como na área de costumes apresentados pelo governo é que estão sendo debatidos”, diz o representante do Carlyle.

O executivo do Carlyle Group afirma, contudo, que o estrangeiro que investe em private equity não tem, essencialmente, pressa para entrar no Brasil. “Para quem vai colocar capital por dez anos ou mais não faz diferença colocar o dinheiro hoje ou daqui a seis meses”, diz Borges. “ALém disso, esse é um investidor que age, normalmente, com muita cautela”, diz Borges.