Apontado como operador financeiro do esquema de corrupção que, segundo o Ministério Público Federal, era chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, Carlos Miranda deixou hoje (18) a cadeia de Benfica. De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), ele deixou o presídio por volta das 12h e passa a cumprir pena em regime domiciliar fechado.

A soltura de Miranda foi determinada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio de Janeiro e da 7ª Vara Federal do Rio, depois de acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Carlos Miranda foi preso há dois anos, no âmbito da Operação Calicute. O acordo de delação prevê que Miranda fique preso dois anos em regime domiciliar fechado, um ano e meio em regime domiciliar semiaberto e mais um ano e meio em regime domiciliar aberto. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica.

A expectativa da defesa era de que Miranda deixasse a prisão na última sexta-feira (16), mas a direção do presídio recusou-se a soltá-lo porque a decisão da VEP não fora instruída “adequadamente”.

Depois de correção do mandado de soltura, uma nova tentativa de liberação foi feita na noite de ontem (17), mas, segundo a defesa, a administração do presídio novamente recusou-se a soltá-lo devido ao horário avançado.