Diante do crescimento do número de pessoas físicas no mundo dos investimentos em tempos de juros baixíssimos no Brasil, o Nubank, maior fintech do País, acaba de dar um passo em um mercado de competição cada vez mais acirrada com a aquisição do Easynvest, que possui 1,5 milhão de clientes. O Nubank está bastante capitalizado, visto que acaba de receber um aporte de US$ 400 milhões. Essa é a sua terceira aquisição apenas neste ano.

“Nos últimos sete anos, temos desafiado o status quo para criar uma nova geração de serviços na América Latina. Já libertamos 30 milhões de pessoas da complexidade do sistema financeiro por meio de serviços e produtos práticos, convenientes e, principalmente, totalmente focados no cliente. O nosso desejo é fazer isso também no setor de investimentos”, afirmou, em nota, o presidente do Nubank, David Vélez.

O Nubank informou que, neste momento, nada vai mudar para os clientes das duas plataformas, já que por ora seguirão operando de forma independente. A partir daqui, um grupo de trabalho será formado para planejar os próximos passos de integração dos serviços, o que terá início após as aprovações dos reguladores, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O fundo de private equity Advent International tinha contratado o JPMorgan no início do ano para a venda da Easynvest. A venda ocorre em um momento bastante agitado neste ano, em que o número de investidores pessoas físicas na Bolsa mais do que dobrou em um ano. O Credit Suisse anunciou que comprou uma fatia de até 35% na plataforma Modalmais. Desde o ano passado, a corretora Guide, da chinesa Fosun, contratou o Credit Suisse como assessor financeiro para buscar um sócio estratégico também para avançar nesse mercado.

Outra fintech, a Neon, que acaba de receber um aporte de R$ 1,6 bilhão, anunciou recentemente a compra da tradicional corretora Magliano.