A cantora Hana Horka, popular na República Checa por fazer parte do grupo folclórico Asonance, morreu no últomo domingo aos 57 anos após ter contraído voluntariamente a Covid-19. Conforme explicou o filho, a intenção da artista era obter o passaporte de saúde.

Em entrevista à rádio pública iRozhlas.cz, o filho, Jan Rek, explicou que sua mãe havia se recusado a receber a vacina contra o coronavírus e que ela se expôs voluntariamente à doença que ele e seu pai, ambos vacinados, contraíram poucos dias antes do natal.

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“Ela decidiu morar conosco normalmente e preferiu contrair a doença a ser vacinada”, disse Rek. Dois dias antes de sua morte, Hana Horka escreveu a seguinte mensagem nas redes sociais: “Eu sobrevivi. Então agora vai ter teatro, sauna, show e uma ida urgente ao mar”. Piadas e provocações sobre o assunto eram comuns em seu perfil no Facebook. Precisamente em 4 de janeiro, ela havia publicado uma longa mensagem ao lado de uma foto dizendo que estava bem e questionando “como na China eles podem saber que eu já sou negativo”. Dias antes, ela contou como ela e sua família ficaram confinadas em casa, desejando aos seguidores “bom humor e muita alegria”.

Rek acusou figuras locais do movimento antivacina de ter convencido sua mãe a não se vacinar e, portanto, ter “sangue nas mãos”. “Sei exatamente quem formou a sua opinião (…) me entristece que acreditasse mais nos estrangeiros do que na sua própria família. Não foi apenas uma desinformação total, mas também opiniões sobre a imunidade natural e os anticorpos criados ao contrair a doença”, lamentou o filho da cantora.

Na República Tcheca, a comprovação de vacina ou recuperação recente do coronavírus é necessária para entrar em qualquer local cultural ou esportivo, bem como em bares e restaurantes.