O medo de ficar preso no trânsito e perder a prova levou muitos candidatos a antecipar a chegada ao local do vestibular da Fuvest, neste domingo, 26, em Sorocaba, interior de São Paulo. Eles acertaram: o trânsito estava muito confuso na chegada ao prédio da Universidade Paulista (Unip), um dos locais de provas.

O estudante Ricardo Augusto Saito, de 20 anos, chegou com duas horas de antecedência. “Já tive uma experiência ruim por chegar em cima da hora. Quase perdi a prova no vestibular que prestei há dois anos”, disse. Ele tentou a Fuvest para conseguir vaga em jornalismo, mas não foi para a segunda fase. Agora, a opção é educação física na USP de Ribeirão Preto.

O candidato Breno Gomes, de 17 anos, morador de Itu, cidade próxima, também foi um dos primeiros a chegar. “É minha estreia em vestibular e estou numa expectativa grande. Fico mais relaxado esperando aqui na frente”. Ele está concluindo o segundo grau e vai tentar uma vaga em engenharia de produção no campus da USP em Lorena, Vale do Paraíba.

“A concorrência lá é menor do que na Poli (Escola Politécnica)”, disse. Breno fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas não conta com a nota dessa prova para entrar na USP. “O número de vagas é muito pequeno. Minha aposta é na Fuvest, mesmo.”

Mudanças. Com a adoção pela Universidade de São Paulo (USP) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método alternativo de ingresso, o total de vagas em disputa pela Fuvest é menor e a concorrência, maior. Dos 105 cursos em oferta, mais da metade (58) teve aumento na concorrência em relação ao ano passado.

Os 137,5 mil inscritos vão concorrer a 8.402 vagas pela Fuvest – eram 8.734 na última edição. Neste ano, a USP reservou 25% das vagas (2.745) para serem disputadas pelo Enem. E, pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública e, dentro desse grupo, 37% para pretos, pardos e indígenas (PPIs). Esse patamar de cota em cada curso será atingido com a reserva de vagas pelos dois sistemas: Enem e Fuvest.