Por Andrew MacAskill e Sachin Ravikumar

LONDRES (Reuters) – Os dois candidatos que disputam o cargo de próximo primeiro-ministro britânico se apresentaram nesta terça-feira como defensores da permanência da Escócia no Reino Unido, prometendo mais controle sobre o governo da Escócia para minar uma nova tentativa de independência.

O Partido Nacional Escocês (SNP), que lidera o governo semiautônomo da Escócia, quer realizar um segundo referendo de independência no ano que vem, o que pode desmantelar a quinta maior economia do mundo.

Os laços que unem os quatro países que compõem o Reino Unido –Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte– foram muito desgastados nos últimos seis anos pelo Brexit e pela forma como o governo lidou com a pandemia de Covid-19.

Liz Truss, a ministra das Relações Exteriores e líder na corrida pela liderança, e Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças, apresentaram suas políticas para a Escócia ao comparecerem às únicas reuniões do Partido Conservador no país, nesta terça-feira.

Os dois candidatos que concorrem para substituir o primeiro-ministro Boris Johnson querem mais foco no histórico do governo escocês em saúde e educação. A Escócia tem o maior número de mortes por drogas na Europa e dois terços da população é composta por pessoas com obesidade ou sobrepeso, enquanto um relatório de um centro de estudos no ano passado disse que seu sistema educacional é o mais fraco do Reino Unido.

No palanque na Escócia, tanto Sunak quanto Truss descartaram a concessão de outro referendo de independência caso se tornem primeiros-ministros, dizendo que a questão foi resolvida quando o último foi realizado há oito anos.

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