Brett Kavanaugh, candidato de Donald Trump à Suprema Corte, rejeitou categoricamente informações que indicam que ele teria tentado agredir sexualmente uma jovem quando ele cursava o bacharelado, há mais de 30 anos.

Em um comunicado divulgado à imprensa americana, Kavanaugh, atualmente com 53 anos, rejeitou as alegações da mulher – feitas por carta aos legisladores democratas que avaliam sua candidatura -, segundo os quais o juiz tentou abusá-la em uma festa sujeitando-a pela força das mãos.

“Rejeito categórica e inequivocamente esta acusação. Não fiz isso, nem no bacharelado, nem em nenhum outro momento”, afirmou em comunicado.

A denúncia acontece uma semana antes da votação para sua ratificação na Comissão Judicial do Senado.

Segundo a revista The New Yorker, uma mulher, que pediu para não ser identificada, contatou com os legisladores democratas em julho.

Segundo o relato na publicação, o incidente ocorreu no começo da década de 1980, quando Brett Kavanaugh estava no bacharelado em Bethesda, no subúrbio de Washington.

Durante uma festa, Kavanaugh e outro jovem estavam em um quarto com a mulher. Os dois homens aumentaram o volume da música e taparam sua boca com as mãos para que ninguém pudesse ouvi-la, e Kavanaugh tentou agredi-la sexualmente, disse a revista The New Yorker, citando a versão da mulher.

A mulher disse que conseguiu se soltar, mas que a lembrança desse momento foi uma fonte de angústia para ela e que teve que recorrer a um psicólogo para enfrentar esse problema.

Para a Casa Branca, a denúncia se trata de uma operação de último hora para atrasar a confirmação de Kavanaugh.

O juiz foi escolhido por Trump de uma lista respaldada por organizações conservadoras.

Nesta sexta-feira, Kavanaugh foi defendido por amigas e conhecidas daquela época e 65 mulheres publicaram uma carta para apoiá-lo.

“Nos mais de 35 anos que o conhecemos, Brett sempre se destacou por sua amizade, sua reputação e por sua integridade. Em particular, ele sempre tratou as mulheres com decência e com respeito”, afirmaram.