O Canadá registrou, até sexta-feita (3), 77 casos confirmados de varíola do macaco, quase todos detectados em Quebec, onde as autoridades consideram que a situação é “preocupante”.

A nação norte-americana confirmou os dois primeiros casos nessa província província francófona em 20 de maio.

Uma situação considerada “preocupante”, explicou o doutor Howard Njoo, administrador chefe-adjunto da agência federal de saúde pública canadense, durante uma coletiva de imprensa. As autoridades temem, em particular, “que se desenvolvam casos em famílias e que afetem mulheres grávidas ou crianças pequenas”, acrescentou.

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Njoo também esclareceu que essa propagação “não está (limitada) a nenhum grupo ou ambiente em particular” e, portanto, pode afetar “qualquer um, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual”.

Nesse sentido, foram entregues vacinas contra a varíola à província. Podem ser eficazes para proteger os casos de contato porque não existe cura específica para a varíola do macaco, que geralmente se passa sozinha.

A varíola do macaco é uma doença leve, mas sua propagação fora das zonas endêmicas, como a África ocidental, preocupa os especialistas

Desde o início de pico atual de casos, há quase um mês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi notificada de 550 casos em 30 países, principalmente europeus, onde a doença não é endêmica e é detectada muito raramente

Essa doença infecciosa é caracterizada pelo surgimento de erupções cutâneas, que podem ser dolorosas, especialmente se estiverem em áreas sensíveis, como as genitais.