O comitê científico que assessora o governo do Canadá sobre a vacinação contra a covid-19 recomendou nesta segunda-feira (3) que o uso da vacina da Johnson & Johnson (J&J) seja reservada a pessoas de 30 anos ou mais.

O anúncio do Comitê Assessor Nacional de Imunização canadense (CCNI) ocorre horas depois de a Dinamarca descartar a vacina da J&J devido a possíveis efeitos colaterais graves, apesar da luz verde da agência reguladora europeia e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para usá-la.

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Em abril, a FDA, órgão regulador americano, suspendeu temporariamente o uso desta vacina depois de casos raros de trombose. A França decidiu administrá-la a pessoas de 55 anos ou mais, assim como no caso do imunizante produzido pela AstraZeneca.

“Em vista dos dados atuais, a CCNI recomenda oferecer a vacina da Janssen (subsidiária da Johnson & Johnson), assim como a da AstraZeneca, a pessoas de 30 anos ou mais”, disse Caroline Quach, presidente da CCNI, durante coletiva de imprensa.

Esta vacina da Johnson & Johnson pode ser aplicada a quem não tiver contraindicações, “se a pessoa preferir se vacinar mais rápido do que esperar uma vacina de RNA mensageiro se os benefícios superarem os riscos”, esclareceu.

“Nos ensaios clínicos, descobriu-se que a vacina de dose única da Janssen tinha uma eficácia de 67%”, disse.

Em 5 de março, o Canadá autorizou a vacina de dose única da Johnson & Johnson para pessoas maiores de 18 anos, mas ainda não foi distribuída em todo o país.

As províncias e territórios canadenses podem adaptar o limite de idade para a aplicação do antiviral, dependendo em particular de sua disponibilidade da vacina.