o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a destacar nesta segunda-feira, 8, durante discurso em evento em Porto Alegre, a importância de se preparar a instituição para um futuro “tecnológico e inclusivo”.

“Trabalhar na modernização do SFN (Sistema Financeiro Nacional) é fundamental para alcançarmos esses objetivos – simplificando e desburocratizando o acesso aos mercados financeiros para todos e dando um tratamento homogêneo ao capital, independentemente de sua nacionalidade ou se provém de um grande ou de um pequeno investidor”, afirmou Campos Neto.

De acordo com o presidente do BC, a mudança tecnológica significa, para o sistema financeiro, “democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar”. “Precisamos dominar as ferramentas para criar esse futuro: blockchain, serviços de nuvem (Cloud), inteligência artificial e digitalização”, acrescentou Campos Neto. “Estou convicto de que, com os esforços de todos nós, o BC contribuirá para o desenho de um país melhor, fundado no livre mercado.”

Intermediação financeira

Campos Neto disse que a “intermediação financeira no Brasil tem de se libertar das amarras que a prendem ao governo”. Segundo ele, “o mercado precisa se libertar da necessidade de financiar o governo e se voltar para o financiamento ao empreendedorismo”.

Campos Neto afirmou ainda, ao tratar das reformas econômicas, que é necessário avançar nas “mudanças que permitam o desenvolvimento de nosso mercado de capitais”. Nesse aspecto, as medidas de ajuste fiscal também podem contribuir”, defendeu. “Colocar as contas públicas em uma trajetória equilibrada, através de um ajuste fiscal e de uma reestruturação patrimonial, gera efeitos multiplicadores sobre o mercado de capitais, resultando em uma maior diversificação desse mercado e em um maior número de transações”, avaliou.

Campos Neto proferiu palestra no almoço de abertura do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.