Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com três novas metrópoles. São elas Vitória, no Espírito Santo, Florianópolis, em Santa Catarina, e Campinas, no interior de São Paulo. No caso da segunda maior cidade paulista, a novidade fica por conta desta ser o primeiro arranjo populacional a ser considerado metrópole no País sem ser uma capital estadual.

A indicação faz parte da pesquisa “Regiões de Influência das Cidades de 2018” e foi divulgada nesta quinta-feira (25).

“Campinas é um polo tecnológico muito importante, tem uma universidade sempre lembrada nos principais rankings universitários”, afirmou Bruno Hidalgo, gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, referindo-se à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O pesquisador lembrou ainda que a segunda maior cidade de São Paulo está num importante eixo logístico para a economia brasileira. A cidade é cortada por algumas das mais importantes rodovias do País e sede do Aeroporto Internacional de Viracopos.

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Na pesquisa anterior, realizada em 2007, as três novas metrópoles estavam classificadas como capitais regionais, mas foram reclassificadas devido à alta concentração de empresas e instituições públicas multilocalizadas. Além disso, o IBGE notou que elas possuem alta atratividade para bens e serviços.

São 15 metrópoles no Brasil, pela classificação do IBGE: além das três novas, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Manaus (AM) compõem a lista.

O instituto lembrou que os arranjos populacionais de metrópoles são estruturas de maior porte do que as cidades. Uma metrópole, além da cidade de origem, abrange municípios no entorno, com tamanha integração entre eles que justifica tratá-los como “um único nó” da rede urbana – principalmente nos deslocamentos para estudo e trabalho.