Luiz Fernando Mariano Mateus, o Fernandinho Mariano, pré-candidato a vereador pelo PSB e assessor da Secretaria de Esportes de Campinas (SP) na gestão Jonas Donizette (PSB), foi um detidos em uma operação da Polícia Civil desta quarta-feira, 15, contra comércio de carga roubada de testes de coronavírus. Após a investigação vir à tona, a prefeitura da cidade paulista o demitiu. Mariano ganhava R$ 9 mil mensais.

As investigações se iniciaram a partir de uma denúncia anônima sobre indivíduos com armas e drogas dentro de um veículo em frente a uma padaria de Campinas. As equipes da PM abordaram os investigados, que caíram em contradição. Eles acabaram confessando que tentavam negociar 25 mil testes de coronavírus.

A polícia chegou a ter acesso a fotos dos testes nos celulares dos investigados, que seriam oferecidos a um interessado. Mariano seria o comprador interessado, segundo as investigações.

“Eles falaram que tinham 25 mil testes, seriam vendidos a um valor, e eles teriam 2% de comissão. Devido à grande dificuldade de obter testes houve uma suspeita e foi encaminhado à Delegacia. Ele alega que esses testes estão em um barracão. A marca e a característica do produto são as mesmas do apreendido em São Paulo”, afirmou o 2º sargento da PM, Alexander Tércio de Amorim, em referência à prisão.

A Prefeitura de Campinas divulgou nota sobre a prisão: “a bem da transparência do serviço público e para que não paire nenhuma dúvida sobre a seriedade do trabalho da Prefeitura de Campinas no enfrentamento à pandemia de coronavírus, fica demitido o servidor Luiz Fernando Mariano Mateus, que era lotado na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

Fernandinho Mariano também divulgou o que chamou de “nota de esclarecimento”.

“Diante da ocorrência noticiada pelos meios de comunicação, insta esclarecer devidamente os fatos. Tenho 7 anos de serviços prestados à população de Campinas e não posso deixar que a desinformação manche uma linda história de luta pelas comunidades mais carentes da nossa cidade. Fui contactado por um conhecido, solicitando uma reunião para tratar de assuntos de interesse do município. Como sempre faço, imediatamente me disponibilizei. Me inteirei do assunto, que era exatamente o seguinte: uma empresa de São Paulo estava intermediando a comercialização, legal e licitamente, insumos médicos para prefeituras do interior, principalmente testes para constatação de Covid-19. Diante do atual panorama de calamidade pública pelo qual passamos, sendo noticiado diariamente a dificuldade para aquisição de insumos médicos, bem como o confisco destes em todo lugar, vislumbrei que se tratava de algo importante para nosso município. Me pediram, tão somente, que indicasse alguém da secretaria da saúde, com quem poderiam entrar em contato para formalizar uma proposta de venda, dentro dos parâmetros permitidos em lei. Nesse momento fomos abordados pela polícia. A verdade se resume à isso, exatamente isso. A conclusão das investigações confirmará que nenhum ilícito foi cometido. Rechaço veementemente a intenção escusa de ligar os fatos descritos com uma suposta negociação de carga roubada, assunto esse que nunca foi sequer aventado. Continuarei lutando, dia a dia por Campinas e por todos os que mais precisam”.