Por que investir em fundos imobiliários de papel?
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) que investem em títulos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) têm uma atuação mais diversificada. Eles atuam em diversos setores imobiliários e investem em ativos que se beneficiam do momento econômico. Podem ser tanto ativos logísticos, comerciais ou residenciais, como os que têm rentabilidade indexada aos juros e à inflação. São alternativa de investimentos com segurança comprovada.

Por quê?
Os FII já passaram por diversos cenários, desde a taxa Selic a 14% ao ano até juros nominais de 2% ao ano, o que indica taxas reais negativas. O setor também passou por um impeachment, uma discussão sobre a tributação, uma crise imobiliária internacional, entre outros desafios. Ou seja, a solidez e a resiliência desses produtos foram comprovadas. O ano de 2022 será complexo, de eleição, em que a incerteza norteará o mercado financeiro como um todo, porém o mercado ainda tem muito espaço para crescimento. E há boas oportunidades.

O cenário para este ano é positivo?
Sim. A previsão do Boletim Focus é de que a taxa Selic siga em trajetória de alta e chegue a 11,75% no fim do ano. Esse cenário de aumento dos juros fará alguns fundos dedicados a títulos obterem bons rendimentos, especialmente aqueles com títulos indexados ao CDI. Além disso, esses fundos podem oferecer ao investidor uma boa proteção contra a inflação, ainda que os índices de preço sigam pressionados. Boa parte dessas carteiras têm títulos indexados ao IPCA ou mesmo ao IGP-M.

Quais os principais desafios para o setor?
Fatores como eleições e desafios na economia e na área fiscal devem trazer mais incerteza para 2022. Além disso, a pressão da elevação da taxa de juros pode ocasionar, aliada a um cenário ainda incerto de recuperação econômica, aumento dos índices de inadimplência dos locatários. É importante verificar se o gestor faz um bom acompanhamento do seu portfólio para evitar que eventuais pioras no cenário econômico possam prejudicar os investimentos dos cotistas dos fundos.

NOTAS

FUNDOS GANHAM 2,4 MILHÕES DE COTISTAS

A indústria de fundos encerrou 2021 com 23,9 milhões de cotistas, 2,43 milhões mais que em 2020, avanço de 11,3%. A maior alta em termos tanto absolutos quanto relativos ocorreu nos fundos multimercados. Foram 1,3 milhão de novos cotistas. O total cresceu de 3,98 milhões para 5,28 milhões, alta de 33%. Isoladamente, o segmento mais popular permanece o de fundos de renda fixa, com 10,7 milhões de cotistas. Os dados são da Economatica.

AGENDA ESG TERÁ MAIS RELEVÂNCIA NA GESTÃO

A sustentabilidade terá um papel cada vez mais relevante na gestão de recursos. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Segundo a pesquisa, 89% dos gestores de recursos indicaram que o tema terá mais importância na tomada de decisões em 2022. Desses, 52% esperam que a sustentabilidade será muito mais importante, e 37% avaliam que ela será relativamente importante.

CRÉDITO ALTERNATIVO GANHA FORÇA NOS EUA

Os Exchange Traded Funds (ETF) dedicados a ativos alternativos de crédito estão ganhando relevância nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa da consultoria ETF Oversight. Segundo a consultoria, esses fundos cujas cotas são negociadas em bolsa e que investem em ativos alternativos de crédito como empréstimos vencidos, carteiras securitizadas e outros, cresceram 32% em 2021 em relação a 2020. Esses ETF ganharam importância com a queda de juros na pandemia.

EM ALTA 
47% 

Foi o aumento da gasolina em 2021 segundo o IBGE. Os combustíveis em geral deram uma contribuição significativa para que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingisse o patamar de dois dígitos novamente. Ao todo o grupo de preços dos transportes teve alta de 21,03% nos 12 meses de 2021. E a Petrobras anunciou um novo aumento 4,85% nos preços dos combustíveis desde a quarta-feira (12).

EM BAIXA
3,9%

Foi o índice de desemprego nos Estados Unidos em dezembro, segundo o Departamento do Trabalho do país. Foram criados 199 mil postos, o menor número de novas vagas para um mês em 2021. O resultado ficou aquém das expectativas do mercado, que previa um crescimento de cerca de 400 mil postos. Apesar disso, o ano registrou um crescimento recorde de empregos nos Estados Unidos, com a criação
de 6,4 milhões de vagas.