Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A Câmara dos Deputados iniciou na noite desta terça-feira a votação em primeiro turno da polêmica PEC do voto impresso.

Rejeitada em comissão especial que analisou seu mérito, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi levada ao plenário pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), sob o pretexto de encerrar a discussão de uma vez por todas com a votação.

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A proposta vem sendo defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados, mas a maioria dos partidos políticos já se posicionou de forma contrária a ela. Bolsonaro, que já admite a possibilidade de derrota, acusa integrantes do Judiciário de interferência no tema.

Em uma de suas vária defesas do que chamou de “voto auditável” –o atual sistema já é auditável e o que o presidente e seus aliados defendem é a impressão do voto– Bolsonaro chegou a dizer que não aceitaria o resultado das próximas eleições caso considere que elas não tenham ocorrido de maneira “limpa”.

Também elegeu como alvo favorito o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, a quem fez ataques pessoais e acusou de interferência indevida no processo legislativo.

Barroso, que reafirma publicamente a segurança do atual sistema e a inviolabilidade das urnas eletrônicas, posicionou-se contra a PEC em audiências com parlamentares.

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