Por Katharine Jackson e Richard Cowan

WASHINGTON, June 24 (Reuters) – A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nesta sexta-feira, uma importante legislação de segurança de armas pela primeira vez em três décadas e a enviará ao presidente Joe Biden, que deve sancioná-la.

A Câmara votou por 234 a 193 a favor da lei, um dia depois de uma decisão da Suprema Corte ampliar os direitos às armas. Nenhum democrata foi contra, e 14 republicanos apoiaram a medida. O texto recebeu o endosso de grandes grupos policiais e sua aprovação foi uma rara derrota das fabricantes de armas e da Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês).

A Câmara aprovou a lei após o Senado fazer o mesmo, por 65 a 33, na noite de quinta-feira, com 15 republicanos, incluindo o líder da minoria, Mitch McConnell, a favor.

A aprovação da lei que alguns democratas descreveram como um primeiro passo modesto aconteceu após massacres no mês passado em um supermercado em Buffalo, Nova York, e em uma escola primária em Uvalde, no Texas.

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“A lei… inclui vários passos fortes para salvar vidas, não apenas em horríveis tiroteios em massa, mas também em massacres diários de crimes com armas, suicídios e acidentes trágicos”, afirmou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, durante o debate.

Mencionando que as armas se tornaram as principais “assassinas de crianças nos EUA”, Pelosi afirmou que o Congresso agora precisa ir além e legislar mais mudanças em checagens para a venda de armas e restrições para “armamentos de alta capacidade”.

O projeto, que os defensores dizem que salvará vidas, é modesto –sua restrição mais importante à posse de armas aumentará as verificações de antecedentes para possíveis compradores de armas condenados por violência doméstica ou crimes significativos quando jovens.

Os republicanos se recusaram a comprometer as medidas de controle de armas mais abrangentes defendidas pelos democratas, incluindo Biden, como a proibição de rifles de assalto ou carregador de alta capacidade.

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