A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira 4, uma lei que iguala as empresas de transporte por aplicativo ao táxi, podendo prejudicar empresas como 99, Uber, Easy e Cabify. O texto, que seguirá para discussão no Senado, retira a definição do serviço como atividade de natureza privada e obriga o motorista a portar autorização do município onde atua. Em nota, o Uber chamou a lei, comemorada pelos taxistas, de retrógrada, por inviabilizar essa modalidade de transporte. A aprovação da lei ocorreu no mesmo dia em que a espanhola Cabify anunciou que investirá US$ 200 milhões em sua operação no Brasil. Presente hoje nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba, a plataforma está estruturando sua operação em Brasília e, ainda neste semestre, chegará ao Nordeste. “Temos um apetite de crescimento bastante forte e esse investimento vem no momento certo para que possamos ampliar ainda mais nossa estrutura e nosso time”, diz Daniel Velazco-Bedoya, diretor geral da Cabify no Brasil. O futuro desse mercado, no entanto, agora é incerto.

(Nota publicada na Edição 1013 da revista Dinheiro)