Por Alexandra Valencia e Sharon Bernstein e Oliver Griffin

QUITO/SACRAMENTO (Reuters) – O Estado norte-americano da Califórnia precisa eliminar ou diminuir consideravelmente o consumo de petróleo extraído da floresta amazônica para proteger um ecossistema vital para se conter os efeitos da mudança climática, disseram dois grupos de ativistas em um relatório nesta quinta-feira.

Dados de importação da Agência de Informações de Energia dos Estados Unidos e de manifestos de carga ajudaram a Stand.earth e a Amazon Watch a concluírem que 50% do petróleo produzido na Amazônia vai para a Califórnia.

Cerca de um de cada nove galões de gasolina, diesel e combustível de aviação que abastecem veículos e aviões na Califórnia estão ligados à floresta tropical.

“Refinarias, negócios e consumidores da Califórnia estão desempenhando um papel desproporcional no consumo de petróleo de uma das regiões mais biodiversificadas da bacia do rio Amazonas”, disseram os grupos no relatório conjunto.

Cientistas dizem que proteger a Amazônia é essencial para conter a mudança climática por causa da quantidade vasta de gases de efeito estufa que a floresta absorve.

No Equador, que o relatório diz ser a fonte de 89% do petróleo proveniente da Amazônia, a perda de floresta primária em 2020 disparou para 19.101 hectares, o nível mais elevado desde 2002, de acordo com o programa Maap da Amazon Conservation baseado em dados da Universidade de Maryland.

(Por Alexandra Valencia, em Quito; Sharon Bernstein, em Sacramento; e Oliver Griffin, em Bogotá)

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