Depois de a governança da Caixa Econômica Federal ter sido colocada em xeque com a resistência em afastar executivos da alta cúpula mencionados em casos de corrupção, a holding que concentrará os negócios de seguros do banco público, a Caixa Seguridade, quer mostrar que está uns passos à frente. A empresa estuda pedir em breve a bênção da B3 para integrar o Programa Destaque em Governança das Estatais da bolsa brasileira.

Trupe

Assim, a Caixa Seguridade espera se juntar à Petrobras e ao Banco do Brasil (BB), primeiras estatais a ingressarem no programa da B3, lançado em 2015, na esteira da crise de credibilidade que recaiu sobre as empresas controladas pelo governo. Além dessas, a Eletrobras também enviou pedido, no mês passado, para participar do Programa Destaque em Governança de Estatais da B3.

Prevenida

Como a iniciativa da B3 é voltada a estatais de capital aberto ou em processo de listar suas ações na bolsa, a Caixa Seguridade espera pedir adoção ao programa antes mesmo de emplacar a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Até mesmo porque para isso precisa terminar a reestruturação do braço de seguros da Caixa, que, além de complexa, está atrasada.

Vai demorar

Os interessados em participar do leilão que o banco público fará de sua operação de seguros e que já fizeram propostas não-vinculantes sequer receberam a segunda leva de informações sobre o ativo. Além disso, também precisa concluir as conversas para uma nova parceria com a francesa CNP Assurances, que hoje é sócia da Caixa Seguros em toda a sua operação. Procurada, a Caixa não comentou o assunto.