A Caixa Econômica Federal vai tentar, pela terceira vez, abrir o capital da Caixa Seguridade. Ela solicitou autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na segunda-feira (1). Foram protocolados também pedidos de admissão e de listagem da Caixa Seguridade no Novo Mercado da B3, o segmento de negociação com as maiores exigências em termos de governança corporativa. A última tentativa de IPO da Caixa Seguridade ocorreu em setembro do ano passado, mas o processo foi interrompido devido às condições adversas do mercado em função da pandemia. A abertura de capital da empresa foi uma das mais esperadas pelo mercado em 2020, e a estimativa era de levantar até R$ 10 bilhões.

Empresa de software Bionexo quer abrir capital

A produtora de softwares para o setor médico Bionexo solicitou autorização para abrir capital na segunda-feira (1). Fundada no ano 2000, a empresa tem uma plataforma que funciona como marketplace para compra e venda de medicamentos e outros produtos hospitalares, além de gestão de estoques e planejamento de compras. No prospecto, a companhia afirma ter 34 mil clientes. São hospitais, operadoras de saúde e fornecedores de insumos médico-hospitalares no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no México. No ano passado, a empresa teve receita de R$ 90,2 milhões, alta de 17,3% ante 2019. Entre os acionistas estão o fundo soberano de Cingapura e o fundo Prisma Bazar. A operação será coordenada por Itaú BBA, Bank of America, BTG e UBS-BB.

CONSTRUÇÃO
Eternit elimina o amianto e retorna ao azul

A Eternit retornou ao lucro. Em 2020, a empresa de material de construção lucrou R$ 159 milhões, o primeiro resultado anual positivo desde 2015. A receita líquida cresceu 39,9%, para R$ 683,4 milhões. A companhia, que está em recuperação judicial, realizou mudanças profundas em seu negócio. Eliminou o amianto de seus produtos, reduziu sua estrutura e se desfez de negócios como metais sanitários e caixas d’água.

SANEAMENTO
Copasa fatura R$ 5,3 bilhões em 2020

O faturamento da companhia de saneamento Copasa cresceu para R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre de 2020, alta de 3,2% ante igual período de 2019. Em 2020 o faturamento foi de R$ 5,3 bilhões, alta de 3,8%. O resultado reflete o reajuste médio de 3,04% nas tarifas, aplicado em novembro de 2020, e o crescimento de unidades consumidoras, que avançou 2,7% no ano. O índice de perdas de água, que mede a eficiência, subiu 0,4 ponto porcentual sobre 2019, para 40,5%.

DESTAQUE NO PREGÃO
Assaí dispara, Pão de Açúcar desaba

Divulgação

O desmembramento da rede de atacarejo Assaí do Grupo Pão de Açúcar (GPA) provocou fortes oscilações nas cotações de ambas. Na segunda-feira (1), data de início das negociações, seus papéis subiram 385% e fecharam a R$ 71,40. As ações do GPA caíram 65,84%, para R$ 23,33. O preço inicial foi definido com base no capital social do Assaí. Em seu primeiro balanço fora do Pão de Açúcar, a rede de atacarejo lucrou R$ 299 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 31% ante igual período de 2019. As vendas totais subiram 33,4%, atingindo R$ 11,7 bilhões.

SAÚDE
Hapvida e NotreDame definem fusão

No sábado (27), os grupos NotreDame Intermédica e Hapvida anunciaram os termos da fusão que criará um gigante com valor de mercado de R$ 110 bilhões. Os acionistas da NotreDame receberão 5,2490 ações ordinárias da Hapvida para cada ação que possuem, no valor de R$ 6,45, e terão direito a R$ 4 bilhões em dividendos extraordinários. Os acionistas atuais da Hapvida terão 53,6% da companhia resultante. Os acionistas do NotreDame terão os 46,4% restantes. O posto de CEO será dividido entre Irlau Machado (atual CEO do Grupo NotreDame) e Jorge Pinheiro (da Hapvida). O acordo ainda precisa ser submetido ao Cade e à ANS.