A Caixa Econômica Federal estuda abertura de capital da parte digital do banco, criada há dois meses para cuidar dos pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 e voltado a uma população de baixa renda.

O presidente do banco, Pedro Guimarães, comentou sobre essa possibilidade em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicado nesta quinta-feira (23), e disse que a operação deve reforçar a governança e eficiência da Caixa.

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Em sua visão, o setor digital voltado à baixa renda envolve muita tecnologia e, por isso, “faz sentido ter discussões com o mercado”. Essa abertura também é uma forma de contornar os problemas que a instituição financeira vem enfrentando no decorrer da pandemia, com o sistema lento e diversas reclamações dos usuários, além das fraudes que levaram a suspensão de uma parcela das contas que estavam recebendo o auxílio emergencial.

Ainda assim, o “coração do banco”, como os crédito imobiliários, financiamento à pessoa física, entre outros serviços, seguirão intocáveis e constituindo o núcleo duro da Caixa Econômica.

Sobre outras áreas do banco que passam por aberturas, Guimarães indicou que as conversas e negociações estão avançadas.

“A Caixa Seguridade a gente já retomou. A venda de ações PN do Banco Pan é um estudo constante. Quando vai ser é uma outra discussão. Dos IPOs, temos outras três. Na Caixa Cartões, estamos no meio das discussões das ‘joint ventures’, que são muito importantes para avançar”, completou o presidente do banco.