A Caixa Econômica Federal anunciou a remoção da ressalva do balanço do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), da qual é o agente operador responsável. Uma espécie de questionamento das auditorias responsáveis por avaliar as demonstrações financeiras, a ressalva foi inserida em 2015.

O Conselho Curador do FGTS deu seu aval para os números do fundo de 2020 em 29 de junho. Dentre os destaques, o resultado líquido do FGTS foi de 8,5 bilhões e o total de ativos passou dos R$ 570 bilhões, crescimento de 5,4% em relação a 2019. Por sua vez, o patrimônio líquido foi a R$ 113,1 bilhões.

O passivo (ou seja, as obrigações do fundo) contabilizou R$ 457,2 bilhões em 2020, valor 6,6% superior ao do ano anterior. A maior parte desse montante é representada pelas mais de 188 milhões de contas de 83 milhões de trabalhadores.

No ano passado, marcado pela pandemia, o FGTS arrecadou R$ 127,3 bilhões com as contribuições mensais dos empregadores em favor de seus funcionários. Já o saque total foi de R$ 166,1 bilhões.

Quanto à distribuição de resultados do FGTS, conforme previsto na Lei 13.446/2017, o Conselho Curador do fundo definirá qual porcentual será distribuído e autorizará a distribuição de parte do resultado positivo por meio de crédito nas contas vinculadas de titularidade dos trabalhadores até 31 de agosto de 2021.