Fale sobre o fundo que a Fors está lançando.
Nossa gestora já possui um fundo vinculado aos princípios de sustentabilidade ESG. É um Fundo
de Participações (FIP), voltado a empresas de capital fechado cujas atividades tenham uma alta aderência
a atividades ambientais e que possuam, também, um potencial de crescimento elevado. Esse primeiro fundo captou R$ 175 milhões. São investimentos em água, em energia limpa, na economia de recursos. Dizemos
que esse é o fundo E, do ESG. Agora estamos na fase de preparação de outro fundo com características semelhantes, mas mais aderentes à parte S do ESG.

Explique.
O segundo fundo, que tem uma meta de captar até R$ 500 milhões, vai buscar investir em empresas que atuem em economia circular, reciclagem e reuso de produtos e materiais. Nossa ideia é permitir o acesso dos investidores a essas boas ideias. Acreditamos que se facilitarmos os investimentos em empresas que oferecem serviços de melhor qualidade e custo mais baixo, nós faremos um bem para a sociedade.

Dê um exemplo.
Há vários. Por exemplo reciclagem e reuso de roupas, algo que pode reduzir muito a pegada de carbono desse setor. Ou então as cadeias produtivas agrícolas e de alimentos, que são enormes e oferecem muitas oportunidades, especialmente na produção de insumos. Ou ainda os novos alimentos. Mudanças no consumo de alimentos, especialmente em proteínas animais, terão um impacto enorme sobre o meio ambiente. Sabemos que as possibilidades são inúmeras, especialmente no Brasil.

O único foco é o ambiente?
Não, e por isso não queremos restringir demais o escopo de investimentos.
Outra possibilidade é o setor de saúde.
No Brasil há um desequilíbrio enorme entre a saúde pública e a saúde privada. Com o uso de dados é possível reduzir o custo.

Quem serão os investidores?
Em um primeiro momento os investidores serão institucionais e qualificados. Estamos buscando aplicações de R$ 1 milhão. Porém, não queremos nos limitar a esse público. Já estamos conversando com grandes distribuidores de produtos financeiros para permitir nosso acesso às pessoas físicas.