São Paulo, 14 – Representantes da produção cafeeira do Brasil e da Colômbia vão buscar juntos uma solução para a “persistente crise de preços do café”. “Após 10 meses do último encontro entre as lideranças, em agosto de 2018, os preços continuam abaixo dos custos de produção, agravando o empobrecimento das regiões cafeeiras ao redor do mundo e tornando incerta a oferta futura de café aos consumidores”, dizem em nota o Conselho Nacional do Café (CNC), Federación Nacional de Cafeteros (FNC), Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Sistema OCB-ES, Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas (ASSUL), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Frente Parlamentar do Café.

As entidades acertaram nesta sexta-feira em Brasília que, entre as ações para o desenvolvimento de ações em diversas frentes, estão a aproximação dos produtores com os consumidores finais e a agregação de valor na origem, “de maneira que a riqueza gerada ao longo de toda a cadeia seja melhor distribuída”.

Também insistirão na importância da transparência do mercado e que os contratos futuros do café reflitam as realidades, sem a interferência de fatores externos que afetam os preços e aumentam a insegurança. “Os dois países consideram fundamental que a Intercontinental Exchange – ICE e o governo dos Estados Unidos regulem a participação dos atores “não comerciais” nos contratos futuros do café, além de adotarem outras medidas para aumentar a transparência na formação dos preços e a eficácia das ferramentas de cobertura de riscos”, dizem na nota. “Da mesma forma, analisa-se a viabilidade e o impacto da gestão dos estoques de café nas origens produtoras.”

Os dois países reafirmam o compromisso com o equilíbrio entre oferta e demanda. Conforme o comunicado, os detalhes das ações discutidas serão apresentados no II Fórum Mundial de Produtores de Café, nos dias 10 e 11 de julho, em Campinas, São Paulo, Brasil.