O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá aprovar na sessão desta quarta-feira, 7, a compra da Votorantim Siderurgia pela ArcelorMittal com “duras restrições”, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A tendência é que a maioria dos conselheiros acompanhem o voto favorável da relatora, Polyanna Vilanova.

Anunciado há um ano, o negócio une a segunda e terceira colocadas do setor de siderurgia no País, atrás da líder Gerdau. O desenho dos “remédios” foi feito de forma que o negócio continuasse atrativo para a ArcelorMittal, uma vez que serão exigidas vendas de plantas e ativos. Procuradas, as empresas informaram que seguem colaborando com o Cade e aguardam a aprovação do negócio.

O acordo prevê a venda de ativos em pelo menos nove mercados, incluindo treliça e fio máquina, usados na construção civil e indústria, segundo fontes. Esses dois setores haviam ficado de fora da primeira proposta de acordo, apresentada pelas empresas à conselheira em 2017. A proposta havia sido rejeitada pelo Departamento de Estudos Econômicos do Cade, que a considerou insuficiente.

No acordo que será levado a plenário pela conselheira também serão previstos vendas nos mercados de vergalhões, telas eletrosoldadas, perfis leves, perfis médios, arames recozidos, barra MBQ e CA-60.

Se o acordo for aprovado, o plenário não cumprirá recomendação da Superintendência-Geral do Cade que, em setembro, entendeu que a operação poderia levar a uma elevação nos preços dos aços longos e recomendou a reprovação do negócio.