O mercado de peles causou a morte de 23,3 milhões de animais na região da Amazônia, entre 1904 e 1969. A conclusão é de um estudo coordenado pelo especialista em fauna André Antunes, feito por meio de uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e a Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. A pesquisa mostra que, embora a caça tenha deixado impactos profundos na floresta, os dados sobre a atividade, que foi proibida pelo Brasil em 1967, apontam caminhos para a restauração da fauna silvestre. Para isso, no entanto, é fundamental acabar com o desmatamento. Em seu auge, nas décadas de 1930 e 1960, esse mercado movimentou US$ 500 milhões (valores atualizados). Entre as espécies mais comercializadas estavam a onça-pintada, o maracajá-açu, a ariranha, a lontra e a capivara.

(Nota publicada na Edição 989 da Revista Dinheiro)