Em entrevista ao UOL na manhã desta quinta-feira (17), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que há indícios de que a ButanVac produza o dobro de anticorpos em relação às outras vacinas disponíveis.

Desenvolvida no Brasil, o imunizante já é testado em voluntários e deve ter a fase 3 concluída em outubro deste ano. Serão 418 voluntários que receberão três doses da vacina. Se aprovada, a vacina será fabricada 100% em território nacional, sem a necessidade de importação de insumos.

+ Com eficácia de 47%, vacina contra Covid-19 da CureVac fracassa em teste crucial

+ Randolfe atribui antecipação de vacinas a pressão feita pelo povo e CPI

Depois de afirmar à CPI da Covid, na última semana de maio, que teve ofícios com ofertas da CoronaVac ignoradas pelo Ministério da Saúde, Covas atacou o presidente Jair Bolsonaro, que seria um gerador de notícias falsas sobre o imunizante chinês.

Covas também criticou o cronograma do Programa Nacional de Imunização (PNI), que não tem sido operado com eficácia. Para atingir a meta de vacinação prevista ao estado de São Paulo, seria necessário acelerar a vacinação em até três vezes, em grande esforço logístico, para abarcar o quantitativo enviado pelo programa nacional.

O diretor do Instituto Butantan também comentou o perigo de países africanos que ainda não iniciaram suas campanhas de vacinação contra a Covid-19. Segundo ele, dessa maneira, a pandemia será mantida e retornará a países já vacinados através de novas variantes.