Subiu para 42 o número de mortos na Baixada Santista em decorrência das chuvas extremas que atingiram a região no começo da semana. Ainda há outras 36 pessoas desaparecidas, de acordo com informe deste domingo, 8, da Defesa Civil do Estado.

A maior parte das vítimas é do Guarujá (31 mortos e 36 não localizados). Na cidade, sete morros foram atingidos, sendo dois com maior gravidade: o da Barreira do João Guarda e o da Bela Vista, conhecido como Macaco Molhado. Oito pessoas morreram em Santos e três, em São Vicente. O número atual de desabrigados é de 329 em Guarujá e 185 em Santos.

As Forças Armadas enviaram neste sábado, 7, 40 militares, sendo 30 do Exército e 10 da Aeronáutica, para reforçar o trabalho de triagem de donativos e assistência, em conjunto com as defesas civis municipais e a Defesa Civil Estadual, para os atingidos pelas chuvas. Mais de 1 mil profissionais das forças de segurança de São Paulo estão atuando nas três cidades mais afetadas.

Neste domingo, a previsão é de calor, com condições de pancadas de chuva de curta duração no fim da tarde. O acumulado deve ser baixo, por serem esperadas chuvas isoladas e rápidas, mas elas podem ter intensidade moderada-forte e descargas elétricas.

Apenas no verão deste ano, o total de mortes por chuvas no Sudeste – São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo – já passam de 150. No verão passado houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil compilados pelo Estado também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

Chuvas extremas como as observadas na região devem ser cada vez mais comuns em todo o mundo em decorrência das mudanças climáticas. Cientistas chamam essa condição de “o novo normal”. Entenda o que isso significa.