As buscas pelo submarino argentino “ARA San Juan”, com 44 tripulantes e que perdeu contato com a base na quarta-feira, prosseguiam neste sábado sem resultados.

O governo lançou na noite de sexta o estado de “busca e resgate”, segundo as convenções marítimas marítimas internacionais para intensificar os esforços para encontrar a embarcação.

O “ARA San Juan” navegava entre o porto de Ushuaia e o Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires, quando merdeu qualquer contato na quarta-feira.

“Acreditamos que houve um difícil problema de comunicação talvez por alimentação elétrica. Esperamos que esteja na superfície, mas está a detecção está difícil”, declarou o porta-voz da Armada, a Marinha de Guerra, Enrique Balbi.

Todos os navios os na zona foram convocados para informar sobre qualquer avistamento ou sinal de comunicação do submarino, assim como as bases do litoral.

“Faremos o necessário para achar o submarino o quanto antes possível”, afirmou o presidente Mauricio Macri no Twitter.

Macri viajou na véspera para Chapadmalal, a 25 km do Mar del Plata, ond e o ministro da Defesa, Oscar Aguad, e seu gabinete montaram uma base para monitorar as buscas.

ARA significa Armada da República Argentina e todos os navios da Marinha de Guerra levam esse prefixo em seu nome.

A Argentina recebeu formalmente oferecimento de ajuda por parte do Brasil, Chile, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Grã-Bretanha e África do Sul, segundo a Armada argentina.

Três navios da Armada, um avião e um helicóptero realizam uma varredura onde o submarino poderia estar. Também colabora um avião especial da Nasa que se encontra Ushuaia (extremo sul) em missão científica e que se somou às buscas.

O San Juan não ativou até o momento a rádio-baliza, um elemento emite sinais para facilitar a localização.

A Armada tem duas hipóteses: que depois de ficar sem comunicação, o submarnino tenha prosseguido com sua rota para o destino final, aonde deveria chegar na próxima semana, ou que esteja emergido e sem propulsão como resultado de uma falha elétrica maior.

No último caso, navega a mercê das ondas. Segundo a meteorologia, o mar está agitado e com ventos de 90 km/hora na região.

O “ARA San Juan” foi incorporado à Marinha em 1985. É do tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, em 1983.

Ele leva a bordo a argentina Eliana Krawczyk, 35 anos e a primeira submarinista sul-americana.

O papa Francisco expressou neste sábado sua solidariedade ao povo argentino após o desaparecimento do “ARA San Juan”.

O Papa argentino “encoraja os esforços que estão sendo feitos na busca pela embarcação”, segundo comunicado divulgado pela Santa Sé.