Em agosto de 2018, o banco BTG Pactual soltou um relatório onde dizia que a Amazon estava prestes a anunciar uma expansão em sua loja brasileira, aumentando a gama de produtos oferecidos nos próximos meses. Segundo o banco, o e-commerce agora começaria a operar no Brasil a venda de computadores, celulares, eletrodomésticos e brinquedos – atualmente esses produtos vem dos Estados Unidos.

O plano surge após dois anos de grande crescimento da empresa no Brasil. Em 2017, o faturamento bruto com produtos foi de R$ 410 milhões, enquanto que em 2018 a receita cresceu para R$ 600 milhões. Para começar a operar com maior opção de produtos, a Amazon trará para o Brasil o Fulfillment by Amazon, sistema de logística da empresa que é considerado pelo BTG como o melhor produto da empresa, cuidando de todas as etapas da entrega e gerenciamento de produtos. Porém, o mesmo banco faz a ressalva que a empresa deve ser cautelosa com a implementação do serviço, devido a forte concorrência de Magazine Luiza e B2W Digital, e-commerce formado com a fusão entre Submarino, Shoptime e Americanas.com.

As duas empresas, inclusive, são consideradas pelo BTG como os investimentos mais seguros no País, pois são empresas já estabelecidas e que investiram fortemente em estruturas de estocagem e em user-experience nos últimos anos. Nos estudos do banco, a Amazon conseguiria um market share de dois dígitos baixos apenas diante das duas veteranas. Porém, a perspectiva para o mercado em geral é boa, com uma projeção do e-commerce brasileiro triplicar de tamanho até 2025, atingindo a marca de R$ 200 bilhões.