A Broadcom, fabricante americana de semicondutores, não perdeu as esperanças de adquirir a compatriota Qualcomm, que produz chips de processamento para smartphones e tablets. A nova e última oferta foi colocada à mesa na segunda-feira 5 e é de US$ 82 por ação, algo em torno de US$ 120 bilhões. A oferta anterior, rejeitada em novembro do ano passado, era de US$ 70 por ação, cerca de US$ 103 bilhões. Em comunicado, a Qualcomm informou que está avaliando a proposta e vai “determinar o caminho que acredita atender aos interesses da empresa e de seus acionistas”. Caso o negócio se concretize, será a maior transação da história da tecnologia, superando a comprada da EMC pela Dell, em 2016, por US$ 67 bilhões.

 

… e os investimentos de US$ 200 milhões em uma fábrica de chips no Brasil

Enquanto espera por uma definição de uma possível venda, a Qualcomm reforça as suas operações no Brasil. O CEO da fabricante americana, Cristiano Amon anunciou, na segunda-feira 5, que vai construir uma fábrica em Campinas, cidade a 100 km de São Paulo. A construção será feita em parceria com a empresa chinesa USI, que também trabalha com o desenvolvimento de chips. A unidade deve ficar pronta em até dois anos, empregar mil funcionários e receber US$ 200 milhões em investimentos até 2023. A nova instalação servirá como base para a produção de módulos, uma espécie de superchip que já vem equipado com componentes como memória, processador, placas de rede, entre outros, para facilitar e diminuir os custos da produção de aparelhos eletrônicos.

(Nota publicada na Edição 1056 da Revista Dinheiro)