Tente descobrir o que há em comum entre as quatro mulheres abaixo. Mariangela Bordon dirige a OX Cosméticos há seis anos. Liane Tarouco atua como pesquisadora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e é dona da Telemicro. Herdeira do Grupo Itaú, Milú Villela preside o Museu de Arte Moderna. A baiana Ieda Correia Gomes é presidente da subsidiária brasileira da British Petroleum. Resposta: todas são profissionais bem-sucedidas. Foi esse o critério usado para que elas fossem indicadas ao Prix Veuve Clicquot de la Femme d?Affaires que elege em 12 países as mulheres de negócio de maior destaque. O prêmio da famosa champanhe será entregue 19 de junho, em São Paulo, por Cecile Bonnefond, presidente mundial da empresa. Os perfis das candidatas são tão diferentes que é difícil dar um palpite sobre a vencedora.

A empresária Mariangela Bordon, por exemplo, diz que está fora do páreo. ?Comecei meu próprio negócio há pouco tempo e acho que ainda tenho muito o que melhorar?, diz. Pura modéstia. Mariangela espalhou rapidamente a marca Ox pelo Brasil. No ano passado, a empresa faturou R$ 20 milhões e o crescimento impressionou a concorrência. ?Andaram nos procurando, mas não é hora de pensar em vender a OX?, garante. Para a física Liane, doutora em engenharia elétrica e expert em tecnologia, o prêmio foi uma surpresa. Mas que o leitor não se engane com a declaração. Antenada nas novidades tecnológicas, Liane foi a primeira pessoa no Brasil a escrever na década de 70 um livro sobre o que mais tarde seria conhecido como Internet. ?Escolhi essa área porque era uma forma de experimentar?, revela.

Sempre nas colunas sociais, a socialite Milú Villela é herdeira do segundo maior banco do País, o Itaú. Longe das finanças, ela divide seu tempo entre o MAM e o Centro de Voluntariado de São Paulo. ?Apesar da paixão pela cultura, é no social que estou focando minha atuação?, garante. Isso porque Milú preside o Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntariado, que neste ano tem a missão de incentivar ações voluntárias. Outra candidata é Ieda Gomes, da British Petroleum. Formada em engenharia química e dona de dois mestrados (um deles na Suíça), Ieda já foi presidente da Comgás e trabalhou na Pan American Energy (joint-venture entre a Amoco e a Bridas). Há nove meses no cargo, sabe que terá muito trabalho. ?Minha meta é ampliar os negócios de gás e de energia no Brasil.?

Criado na década de 80 na França, o prêmio acontece em outros 11 países e foi inspirado na história da fundadora da empresa. No início do século 19, madame Nicole-Barbe Clicquot Ponsardin, aos 27 anos e viúva recente, assumiu os negócios do marido e revolucionou a produção de champanhe. Cada vencedora, além de participar da festa no ano que vem em um castelo no interior da França, ganhará uma muda de parreira com seu nome nos vinhedos da Veuve Clicquot.