Brigadas sanitárias fumigaram nesta quarta-feira em Lima o maior cemitério da América do Sul, para erradicar o mosquito transmissor da dengue e tentar controlar o novo surto dessa doença endêmica no Peru, que já matou 30 pessoas neste ano.

Cinquenta brigadistas percorreram os 60 hectares do cemitério de Nova Esperança, onde, além de fumigarem, recolheram larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. “Este cemitério tem um grande potencial como criadouro de mosquitos, não traga água para os vasos, e sim areia úmida e serragem”, pediu Elmer Quichis, porta-voz da campanha do Ministério da Saúde.

Os casos de dengue notificados ultrapassam 26 mil em todo o país neste ano, enquanto os mortos somam 31.

O cemitério Nova Esperança, inaugurado em 1961 e localizado no populoso distrito de Villa María del Triunfo, é o maior da América do Sul e segundo maior do mundo, segundo o Ministério da Saúde peruano. É uma atração turística e recebe 2 milhões de visitantes por ano, segundo o município.

O surto aconteceu em quase metade do país e em Lima, onde autoridades começaram a fumigar várias regiões para evitar a presença do mosquito Aedes aegypti.

A pandemia de Covid-19 causou interrupções no atendimento às doenças tropicais (como a dengue), que podem atrasar o seu controle ou eliminação, alertou em janeiro a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).