Por Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) – A companhia de alimentos BRF foi habilitada por Cingapura para exportar miúdos de suínos a partir das unidades de Campos Novos (SC) e Toledo (PR), as primeiras plantas da BRF aprovadas para esta categoria de produtos, disse a empresa à Reuters nesta terça-feira.

As unidades já exportavam carne suína para Cingapura e receberam autorização para embarcar os miúdos. Ao todo, 20 plantas da empresa possuem habilitação para o país, que é quarto maior comprador da proteína do Brasil.

Segundo o gerente executivo de Relações Institucionais da BRF, Luiz Tavares, Cingapura é um dos principais destinos de produtos da companhia na Ásia, junto com a China, Japão, Vietnã e Coreia do Sul.

“As habilitações das nossas unidades são um passo estratégico importante que permitirão diversificar nosso portfólio de produtos exportados”, disse ele em nota, ressaltando que o consumo de proteína animal em Cingapura e demais mercados do Sudeste Asiático tem crescido em ritmo forte.

A companhia não revelou o potencial incremento de vendas após as novas aprovações e, questionada se há mais unidades em processo de habilitação, informou que “está sempre observando de perto as oportunidades de mercado, particularmente em Cingapura”.

A BRF ainda destacou que a planta de Campos Novos conta com o maior número de habilitações para a venda de produtos suínos da empresa.

Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que o país embarcou para Cingapura 31 mil toneladas de carne suína, entre in natura e processados, no acumulado do ano até agosto, volume que representa 4,2% do total exportado em 2021.

Cingapura também é um importante comprador de frango do Brasil, ocupando a 12ª posição em uma escala de 150 países importadores.

Atualmente, o Brasil surfa em uma forte demanda internacional por carnes, com destaque para os compradores asiáticos puxados pela China.

Segundo a ABPA, as exportações de carne suína no acumulado do ano até agosto alcançaram 756,5 mil toneladas, alta de 11,53%. Em frango, o volume já ultrapassou 3 milhões de toneladas, avanço de 7,58% no período.

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