A BRF confirmou, na tarde desta quinta-feira, 14, que Pedro Parente é o novo CEO da companhia. A informação de que Parente, que já era o presidente do Conselho de Administração, havia sido antecipada pelo jornal O Estado de S.Paulo e publicada no site de ISTOÉ DINHEIRO.

Em fato relevante, a BRF afirma que o Conselho aprovou a indicação de Parente ainda na tarde desta quinta. Como Parente foi, até o dia 1º de junho, presidente da Petrobras, sua posse está condicionada à autorização da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

A companhia também informa que deverá convocar, em até 180 dias, uma Assembleia Geral Extraordinária, para adequar o Estatuto Social da BRF às regras do Novo Mercado – segmento da B3 de alto nível de governança. Neste momento, diz a empresa, será proposta a estensão do período de acumulação de cargos de presidente do Conselho e CEO para até um ano, caso atual de Parente.

HISTÓRICO

Em abril, ISTOÉ DINHEIRO contou os bastidores do acordo que levou Parente à presidência do Conselho de Administração. Abilio Diniz, seu antecessor, teve de convencer os fundos de pensão Petros e Previ que o então presidente da Petrobras era o nome ideal para comandar a BRF.

A briga para tirar Abilio da posição de chairman iniciou quando a BRF apresentou um prejuízo muito acima do esperado pelos acionistas em 2017. Em fevereiro deste ano, a companhia anunciou um prejuízo líquido de R$ 784 milhões no quarto trimestre de 2017. Em todo o ano, o prejuízo somou R$ 1,1 bilhão.

Desde então, a BRF viu seu valor de mercado derreter. As ações da companhia saíram de R$ 47,50, em 2 de outubro de 2017, para R$ 20,20 em 13 de junho de 2018, data de ontem. Nesta quinta, a ação fechou o dia cotada a R$ 20,87.