A Braskem registrou prejuízo líquido de R$ 1,406 bilhão no segundo trimestre de 2022, saindo de um lucro de R$ 7,424 bilhões no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a companhia registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 2,5 bilhões.

Em relatório, divulgado nesta quarta-feira, 10, a companhia diz que o prejuízo no reportado no trimestre ocorreu em função, principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no montante de US$ 3,6 bilhões e da atualização da provisão referente ao evento geológico de Alagoas.

O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente caiu 58% no segundo trimestre ante um ano atrás, para R$ 3,927 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a queda foi de 19% em função da apreciação do real frente ao dólar.

Em dólar, o Ebitda recorrente da companhia foi de US$ 802 milhões, 13% inferior ao primeiro trimestre deste ano, explicado, principalmente, pelo menor volume de vendas de principais químicos no Brasil, PP na Europa, e PE no México.

Além disso, a queda foi explicada pelos menores spreads internacionais de PVC no Brasil e PP na Europa, porém ainda acima da média histórica dos últimos 10 anos. Em relação a um ano atrás, o EBITDA recorrente em dólar foi 55% inferior.

A receita líquida ficou em R$ 25,411 bilhões no segundo trimestre do ano, queda de 4% ante o mesmo período de 2021 e redução de 5% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Ainda de acordo com a Braskem, a geração recorrente de caixa foi de R$ 3,1 bilhões, e o retorno de fluxo de caixa foi de 41% no segundo trimestre de 2022.

Adicionando os pagamentos referentes ao evento geológico de Alagoas realizados entre abril e junho, a companhia apresentou uma geração de caixa de R$ 2,4 bilhões, e o retorno de fluxo de caixa foi de 31%.