Um levantamento feito pelo Itaú Unibanco indicou que os brasileiros estão retomando hábitos de lazer e comemorações. As informações foram coletadas a partir de compras feitas com cartões do banco e vendas transacionadas por meios de pagamento da companhia no segundo trimestre deste ano.

O consumo em bares, cinemas, parques, pedágios, combustíveis e multas de trânsito voltaram a crescer no segundo trimestre. De acordo com o levantamento, os segmentos de viagens e hotelaria estão aquecendo e apontam uma retomada de rotina no Brasil, promovida pelo crescimento da vacinação contra a covid-19 e a flexibilização do isolamento social nas grandes capitais.

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No turismo, por exemplo, o Itaú apontou que, após uma queda brusca de 90% no pico da pandemia, o segmento escalou alta de 257,3% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Para as companhias aéreas, a alta foi de 237,1% e no setor hoteleiro de 255,8%.

“Apesar deste desempenho, é importante ressaltar que o consumo no setor ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia”, apontou o banco no relatório de Análise do Comportamento de Consumo.

Outro ponto de destaque no relatório é o setor de casamentos, que sofreu atrofia em 2020 e começa a circular com força neste ano. A alta nas agências matrimoniais e buffets foi de 97,4% no faturamento. Mas, na comparação com 2019, houve queda de 51% – cenário que, segundo o banco, pode indicar represamento da demanda devido às restrições do isolamento social que, em certa medida, ainda vigoram.

Com a volta das cerimônias, segmentos como aluguéis de roupa e joalherias foram impactados positivamente e tiveram crescimento de 214,9% e 129,9%, respectivamente.

Setores que estão em processo de retomada

O Itaú também listou outros setores que estão apresentando bons números após a interrupção das atividades com a pandemia:

– Atividades de bem-estar (em spas, centros estéticos, massagistas e manicure): +90,7%;

– Bares: +153,5%;

– Lazer (clubes, cinema, teatro, boliche, sinuca, parques e escolas de dança): +176,6%;

– Locomoção e transporte: +98,4%;

– Serviços de mudança: +67,1%;

– Atacadistas: +35,4%;

– Lojas de materiais de construção: +31,6%;

– Vestuário: +162,1%;

– Lojas de departamento: +40,2%.