A alta carga tributária leva brasileiros a dedicarem quase que metade do ano de trabalho só para pagar impostos. São necessários 151 dias de labuta para acertar as contas com o Fisco. É o que mostra estudo realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).

Segundo o levantamento da entidade, tudo que os profissionais receberam de renda até o dia 30 de maio foi só para pagar tributos (impostos, taxas e contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.

+ Simples Nacional volta a receber tributos federais em outubro
+ Simples Nacional volta a receber tributos federais em outubro

Houve uma pequena redução no número de dias trabalhados neste ano na comparação com o ano passado, quando eram necessários  153 dias para pagar impostos, taxas e contribuições. No entanto, é importante salientar que 2020 é ano bissexto, portanto, com 366 dias e a pandemia da covid-19 também afetou a arrecadação tributária.

Mesmo assim, significa dizer que a tributação, em relação à renda, patrimônio e consumo, levando-se em conta o rendimento médio brasileiro, está atualmente em 41,25%.

Entre os países em que o trabalhador tem que dedicar mais dias para o pagamento de tributos estão a Dinamarca, com 179 dias trabalhados para quitar os impostos, e a Noruega, com 171 dias.

Na outra ponta, entre as nações em que os profissionais têm que trabalhar menos para pagar tributos estão Estados Unidos, com 74 dias, e Chile, com 68 dias.

Outro estudo do instituto denominado IRBES (Índice de Retorno ao Bem Estar da Sociedade) demonstra que o Brasil, entre os 30 países de maior carga tributária no mundo, é aquele que dá o pior retorno à sua população, em relação aos valores arrecadados, no que se refere a serviços públicos de qualidade.