A paixão do brasileiro por esportes, especialmente o futebol, tem feito torcedores colocarem em prática seus conhecimentos por meio dos fantasy games. Nas plataformas de apostas, os participantes escalam equipes virtuais de atletas reais e as equipes competem com base no desempenho estatístico dos jogadores escalados nas partidas reais.

Os fantasy games não são considerados jogos de azar. São jogos de habilidade e estratégia, uma vez que o resultado depende da capacidade do jogador e não de eventos aleatórios. O amazonense, por exemplo, Gerlison Ferreira ganhou R$ 1 milhão em um fantasy game, de acordo com reportagem do Uol.

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Segundo a TechNavio, empresa de pesquisa de mercados globais e novas tecnologias, o setor de fantasy games, avaliado em US$ 26 bilhões, deve crescer 120% até 2026. No ano passado, o mercado norte-americano sozinho movimentou o equivalente a R$ 44 bilhões.

No Brasil, o segmento movimenta em receita de R$ 55 milhões a R$ 66 milhões por ano. O Arena 22 é o fantasy game oficial da Copa do Nordeste. A plataforma também possibilita o usuário fazer palpites em vários campeonatos nacionais e internacionais. O plano de crescimento da empresa prevê concorrer com grandes players do mercado e ser o principal destino para os jogadores de Daily Fantasy Sports (DFS) no Brasil.

“Reconhecendo que a torcida nordestina é muito grande, bastante apaixonada e representada por verdadeiros fanáticos pelo futebol, queremos continuar servindo esse público com entretenimento e competições esportivas”, afirma David Gough, head do Arena 22.

Gough utilizou sua experiência na área de produtos digitais, e-commerce e business intelligence para agregar diferenciais na plataforma. “Enxergamos novas oportunidades neste mercado e aprimoramos o game com a implantação de diversas modalidades, como Fantasy, Placar, Sobrevivente e Vencedor – todos no formato de torneios ‘Tiro Curto’, ou seja, oferecendo a oportunidade ao usuário participar de campeonatos por rodada. Desta forma, diferente dos fantasy tradicionais não é preciso esperar o campeonato inteiro terminar para saber quem mitou, e ainda ter a possibilidade de disputar torneios e prêmios em dinheiro”, explicou Gough, que sinaliza que o futuro da plataforma pode ser a inclusão de outros esportes, não se fixando apenas no futebol.

O Brasil não possui uma legislação específica sobre a regulamentação dos aplicativos de apostas. A Câmara dos Deputados aprovou no fim de fevereiro de 2022 o Projeto de Lei 442/91, que legaliza os jogos de azar no Brasil, como cassinos, bingos, jogo do bicho, apostas esportivas e jogos online. O texto aguarda a análise do Senado. O presidente da República Jair Bolsonaro já declarou que o projeto será vetado, se for aprovado no Congresso.

“A possibilidade de crescimento deste mercado é enorme no Brasil, assim como já ocorre na América e na Europa, até mesmo pela própria paixão que o brasileiro tem pelo futebol e também pela recente aprovação do texto-base do projeto de legalização das apostas no Brasil, como bingos, cassinos, corrida de cavalo e jogos online, entre outros, pela Câmara dos Deputados”, afirma Gough.

Para o empreendedor, o PL 442/91 é “benéfico para o setor, pois trará incentivo a geração de emprego, crescimento da renda, ampliação da arrecadação estatal, dando maior transparência e proporcionando maior segurança aos clientes e ao mercado como um todo, uma vez que a legislação atual é muito anterior à existência da internet”, finaliza.