São Paulo, 9 – O Brasil tem por volta de 1,5 mil drones operando na agricultura, ao passo que a China conta com pelo menos 100 mil desses equipamentos atuando no campo. A informação é do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), com base no estudo “Drones: China, Brasil e as tendências do mercado”, elaborado a partir de material da agência de notícias estatal chinesa Xinhua, Agência de Aviação Civil da China, consultoria Ipsos, Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) e outras fontes, além de especialistas do setor.

Se o Brasil tivesse o mesmo número que o dos chineses, esse total cobriria pelo menos 81% de toda a área cultivada no Brasil, avalia o Sindag. O sindicato observa também que, na China, drones têm subsídios estatais desde 2014 e, no Brasil, todo equipamento é importado do gigante asiático e não há uma política para desenvolver o setor.

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“A China detém 70% do mercado mundial de aeronaves remotas”, comenta o sindicato. Ainda para as empresas que lidam com drones no Brasil, “o maior acesso dos produtores a essa tecnologia esbarra na carga tributária e na falta de incentivos para a indústria daqui produzir seus próprios componentes”.

O setor espera, para abril, a regulamentação do Ministério da Agricultura para o uso das chamadas aeronaves remotamente tripuladas (ARP) no trato de lavouras. Construída ouvindo o setor aeroagrícola, a própria indústria de drones e outros segmentos do setor produtivo, as normas devem colocar os equipamentos remotos como um segmento da aviação agrícola – por sua vez o único para o trato de lavouras com regulamentação específica no País, diz o Sindag.